terça-feira, 2 de agosto de 2011

"EM TEU NOME" - Viagem política e sentimental de um exilado

Em teu nome, filme que retrata a experiência de um brasileiro obrigado a deixar o país durante a ditadura

Tive a oportunidade de ver esta noite no Canal Brasil o filme "Em Teu Nome". Para ver como são as coisas, não havia tomado sentido neste filme. O filme foi lançado em maio de 2010 e se apresenta de uma maneira muito interessante, pois fala dos sentimentos... relacionado a tudo e tod@s. Particularmente numa escala de 1 à 10, minha nota é 1000. Há muito não me emocionava com filmes e nesse confesso que chorei. Vale a pena ver! Ele nos mostra que as dificuldades que enfrentemos hoje para construir uma sociedade melhor estão muito mais na nossa incapacidade de lidar com as situações, do que com os obstáculos que nos deparamos, enfim, nos mostra que não só é possivel, mas também é fundamental LUTAR e AMAR... (Eduardo Silva).



João Carlos Bona Garcia, hoje juiz do Tribunal da Justiça Militar do Rio Grande do Sul, foi um dos presos políticos banidos do país no chamado Grupo dos 70. Em 1971, em troca da libertação do embaixador suíço Giovanni Enrico Bucher, sequestrado por membros da Vanguarda Popular Revolucionária, 70 militantes presos foram enviados para o exílio.

Bona Garcia viveu no Chile até a queda de Salvador Allende, em 1973. Depois passou pela Argentina, Argélia, até fixar-se em Paris, onde foi nomeado presidente do Comitê Brasileiro da Luta pela Anistia. Voltou ao Brasil em 1979. Dez anos depois publicava um livro contando sua experiência, #Verás que um filho teu não foge à luta#.


Baseado na vida de Bona Garcia, o filme Em teu nome, do diretor Paulo Nascimento, chegou aos cinemas no dia 28 de maio. Em 2009, a produção conquistou o júri do Festival de Gramado, e levou os prêmios de Melhor Diretor, Melhor Ator (Leonardo Machado), Melhor Trilha Sonora (André Trento e Renato Muller) e Prêmio Especial do Júri.

Para evitar que seu filme se tornasse apenas mais um voltado ao período da ditadura, o diretor Paulo Nascimento explica ter tentado contar a trajetória de Bona (Boni, no filme) menos pelo lado do engajamento político e mais pela vida pessoal do militante, sua história de amor, o cotidiano no exílio e a autocrítica que faz sobre sua participação na luta armada.

Um comentário:

  1. Este filme abriu o Cineclube Museu Julio de Castilhos em Abril, todaúltima quinta-feira do mês, às 19h no auditório do museu, há a exibição de um filme comentado de produção nacional.
    Não perca...

    Joel Santana
    Diretor do Museu Julio de Castilhos

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