O decreto que ratifica o corte no ponto dos servidores públicos, em caso de greve – publicado em 2008 pela ex-governadora Yeda Crusius –, deve ser anulado pelo governo Tarso Genro. Segundo o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, o decreto é “desnecessário”.
A medida sinaliza a mudança de postura do governo em relação à categoria, com o diálogo como pilar da relação. Durante o governo Yeda, os professores, liderados pelo Cpers-Sindicato, viviam um verdadeiro clima de guerra com o governo, que se recusava a dialogar.
Nesta terça-feira (9/8), o Piratini encaminha à Assembleia Legislativa um projeto abonando as faltas relativas aos 20 dias de greve do magistério entre 2008 e 2009, durante o governo Yeda. Portanto, devolverá o dinheiro aos professores que estavam mobilizados. Pestana lembra que essas 20 aulas foram recuperadas ao final dos anos letivos .
Segundo Pestana, o abono é parte do diálogo do governo do Estado, que tem atendido à pauta de reivindicações da categorias. "Este abono é fruto de uma negociação com o Cpers, que nos apresentou 17 reivindicações no início do governo. Os professores recuperaram as aulas, isso pesou", afirma Pestana, ponderando que as faltas até poderão ser abonadas mais tarde, caso as negociações para o fim da greve determinem isto.
Sobre o decreto de Yeda, Pestana diz que serviu “mais para afirmar uma posição ou gerar um constrangimento”. A intenção de Yeda, na época, era ratificar o que o Estatuto do Servidor previa, mas era frequentemente descumprido.
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